1 de jul. de 2011

A decisão

  Quando eu falo que vou fazer um intercâmbio, muitos me perguntam: por que? como você chegou a essa escolha?
   Bom, vou começar pela segunda. Eu sempre tive vontade de fazer um intercâmbio. Eu queria ir para um colégio diferente, conhecer outras pessoas e falando outra língua, mas bem influenciada pelos filmes e séries hollywoodianas. Queria ir para os EUA, ser popular, a diferente. Ser o máximo do colégio. Mas não queria deixar meus pais, então resolvi ir somente um mês.
   No meio do ano passado, minha amiga, Nathalia (Nathy), tinha chegado a pouco tempo do intercâmbio que ela tinha feito para o Canadá no período de seis meses. Ela me contou as histórias, disse que o amadurecimento era apenas uma das consequências boas que aconteceram a ela. Eu achei aquilo incrível, e queria vivenciar tudo aquilo também. 
   Fui falar com os meus pais, e o que eles me disseram? Eles me disseram que eu era louca, perguntaram se eu tinha noção de que eles não eram ricos pra me deixar fazer uma coisa dessas. Minha mãe, por exemplo, achava que quando você fazia um intercâmbio, o pessoal te largava lá numa família e mais nada, meu pai então... 
   Eu já tinha até esquecido disso, comecei a fazer outros planos. Até que um dia, numa bela segunda feira de um feriado em setembro, fui a uma festa na cidade vizinha a minha. Lá eu conheci a Ana Cecília, a quem devo muito, porque se não fosse ela, não iria conhecer pessoas maravilhosas que estão me ajudando muito no meu sonho. Nós estávamos conversando, até que surgiu o assunto de intercâmbio, e ela me contou que tinha passado um ano na Dinamarca, e que tinha simplesmente amado. Me contou as experiências dela lá e me contou sobre a "agencia" que ela tinha ido, que na verdade não é uma agência, é uma ONG, o AFS. 
   A partir dali, eu decidi que iria fazer um intercâmbio, pra onde quer que fosse. E aquela ideia clichê de ir pra outro país pra se tornar a líder de torcida mais popular de um High School tinha sumido. Eu queria experimentar algo desconhecido. Queria conhecer pessoas com hábitos diferentes, de visões de mundo diferentes da minha. 
   Com o tempo, minha mãe foi aceitando e me apoiando. Tenho que agradecer as primas da minha mãe, Nanci e Nelma, que me ajudaram muito também, ajudando a convencer a minha mãe. Depois de seis meses, de muita luta, meu pai finalmente cedeu, e me deixou fazer o intercâmbio. Dali em diante, já comecei a procurar feiras de intercâmbio, e como eu moro em uma cidade pequena, a única chance de conhecer alguma agência seria nessas feiras, em BH. 
   Fui em uma feira, adorei, mas acabei me decidindo pela AFS, que é uma ONG, e que tinha um comitê que ficava mais perto do que BH.

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